Deus não é Deus de atalhos…

Assim que saímos do teatro, ofereci-me para levar o Flávio a casa e resolvi que seria mais rápido subir a Avenida. Já era tarde, a minha mãe ia começar a mandar vir e além disso por ali era mais perto. Grande erro o meu, já que é proibido subir aquela rua… claro que eu pensei que àquela hora não haveria problema, nem pensei seriamente naquela proibição, mas, mais uma vez, estava completamente enganada. 

Assim que passei o semáforo fui mandada parar pela polícia e só pensei, “bolas, estou cheia de pressa, tem mesmo de ser agora?”, mas nem me lembrei que tinha cometido uma transgressão e que não podia ir por ali.

Graças a Deus o polícia foi condescendente e deixou-me ir, mas não sem antes me dizer “Dona Diana sabe porque a mandámos parar não sabe???? (e a boa da Diana nem se lembrou…) Sabe que isto dá direito a uma coima de 120€…”  

Atalhos?

Agora que penso no assunto acho que posso tirar uma lição disto… Deus não é Deus de atalhos… a verdade é que quando pensamos que “podemos ir por ali, que é mais rápido”, acabamos a descobrir que demorámos muito mais do que se fôssemos em frente. Não só não é mais rápido, como ainda por cima podemos encontrar a brigada de trânsito no meio do caminho!

Trocando por miúdos, quando vamos por atalhos, demoramos mais tempo e ainda por cima arranjamos problemas. Se seguirmos pelo caminho “normal” podemos demorar um pouco mais do que gostaríamos, mas ainda assim chegamos no tempo certo, sãos e salvos!  

Atalhos, como diria a música de Ray Charles (“Hit The Road Jack”) – “no more, no more, no more no more…”  

Ainda ontem, depois deste episódio, vinha a pensar e a falar com Deus sobre este novo ano e já perto na Amadora parei no semáforo, olhei para o poste e vejo um papel colado que diz “Mudanças”. Sorri e pensei, “Tu estás em todo o lado e com tudo nos falas Pai”. Eu creio mesmo que 2010 é tempo de Mudanças!

Já em casa o mesmo stress de sempre, o tempo! Ou a falta dele, melhor dizendo… A necessidade de orar e de estar aquele tempo com Deus vs. as coisas do dia-a-dia, a higiene diária, o preparar a roupa para o dia seguinte, o estar com a família nem que sejam 5 mins a beber um chazinho e a conversar um pouco, o deixar o almoço do dia seguinte pronto.

É frustrante ver as horas a passar e conseguir fazer tão pouco. Acabo por me deitar depois da 1h da manhã e adormecer a orar, porque não consigo mais, estou cansada… Mas antes, entre o lavar os dentes e o vestir o pijama, ainda houve tempo para ler o devocional de alguns dias. Menos-mal.

Shalom!