Friday, October 9, 2015

BOM DIA VIDA!


Passamos pela vida todos os dias, mas não paramos para olhar para ela. Para agradecer as pequenas coisas que ela nos oferece, sem pedir nada em troca. Não a contemplamos. Não a vivemos. Passamos por ela. 

Saint-Exupéry, no livo "O Principezinho", dizia que "aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós". Eu pergunto-me, e nós? Passamos por ela [a vida] e o que deixamos? 

Ontem à noite deitei-me na cama e escrevi isto, no telemóvel, para publicar hoje aqui. Era tarde, mas eu agradeci a Deus pelos lençóis limpos, a cama feita de lavado, e pelos meus pés, lavados por águinha quente e corrente, que ali deslizavam. Que sensação tão boa. Que coisa tão parva, dizem alguns. E venho aqui perder tempo a escrever isto. Eu sei, parece parvo e sei que não é um texto habitual. Tenho vários para escrever, mas o tempo não tem estado do meu lado [ou eu do dele, nem sei bem]. Este é curto e é para todos. Nada de grandes teorias bíblicas. Nada de grandes versículos e palavras eloquentes. Este é só para relembrar-vos que a vida tem mais para se apreciar, do que o que nós imaginamos. 

Hoje é sexta-feira e como eu ouvi ontem  passou já quase uma semana. A segunda, a terça, a quarta, a quinta, já não voltam. Perdeste a oportunidade de fazer o que tinhas de fazer, se não o fizeste. 

Não deixem a vida passar por vocês. Não passem vocês por ela. Párem, por dois segundos que seja, e olhem à vossa volta. Cumprimentem a senhora que limpa a casa de banho no vosso trabalho; reparem no sol maravilhoso com que fomos brindados esta manhã; percebam o sorriso dos vossos filhos; reparem no vosso frigorífico com tanto, quando há tantos com tão pouco; olhem ao espelho e vejam como são saudáveis; agradeçam pelo carro que vos conduz; pelas roupas que vestem; reparem nas flores que ainda permanecem pelo caminho; oiçam o passarinho que canta; o cão que brinca... Olhem para as pequenas coisas e vejam-nas. Estamos tão habituados a deitar-nos em lençóis lavados, que já não lhes damos o devido valor. Anestesiados, é o que a malta anda. E quem está anestesiado não sente, não percebe, não realiza, não vê. 

Eu não quero estar anestesiada, eu quero viver a vida com tudo o que posso e tenho. Eu quero, mais do que passar por ela, deixar nela uma marca, a minha marca. A marca que Deus imprimiu em mim. 

Hoje é sexta-feira e eu tenho um recado para a vida. Eu não vou passar por ti. Nem tu por mim. Eu estou aqui e tu vais ter de me aturar. Vou-te viver até poder. Vou-te sentir e vou-te dar o meu melhor. Até Deus me permitir. Eu vejo-te. 

Não faças da tua vida um rascunho; pode acontecer que não haja tempo de o passares a limpo. Pr. Márcio Leareno

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