Friday, August 28, 2015

(DES)FOCADOS



Este texto saiu a ferros! Aliás, parece que isto está a tornar-se um hábito... talvez porque algures por aí há um certo alguém que não gosta que os filhos de Deus digam (e oiçam/leiam) a Verdade. 

No último texto que escrevi aqui no blog falei sobre a dracma perdida e referi que talvez no próximo escrevesse sobre a prioridade de Jesus - os perdidos. E foi precisamente sobre este tema que Deus me levou a reflectir ontem à noite enquanto orava.

Horas antes tinha ouvido uma pregação online sobre a transformação que devemos permitir Deus fazer em nós e, entre outras coisas, no final da mensagem aquela pastora sugeria que as mulheres na audiência orassem por um útero espiritual fértil e pedissem a Deus que lhes desse paixão por vidas [partilhei a pregação na página de facebook do pro(fé)ta, se quiserem ouvir]. Eu gravei aquelas palavras e à noite quando fui orar começei a trazer à memória tudo o que Deus tem operado na minha vida.

Ele curou-me de feridas profundas na alma, ajudou-me a perdoar, libertou-me de um passado que me atormentava, ensinou-me a amar e a ter compaixão por outros. Ensinou-me a humildade e mostrou-me a importância da sabedoria e do temor... Ensinou-me a pensar antes de falar, a ser mais ponderada, mais paciente, mais calma.

E, enquanto orava, as lágrimas caíam-me, senti-me tão grata pela obra de transformação incrivelmente profunda que este Deus maravilhoso fez em mim. Meu Deus, como Ele me mudou, me moldou. Certamente hoje sou uma mulher muito melhor do que alguma vez fui e a Ele o devo.

[Deixem-me abrir aqui um parêntesis...]

Esta obra de transformação em nós nunca está verdadeiramente completa. O próprio apóstolo Paulo dizia "não julgo havê-lo alcançado" (Filipenses 3:13), então, o Senhor Ele aperfeiçoa-nos a cada dia mais e mais. Se nunca mais vamos errar? Quem me dera... Infelizmente em alguns momentos não seremos o que é suposto, vamos sim errar, vamos sim cair, mas é suposto essa ser a excepção, não a regra. E quando isso acontecer, é preciso que nos lembremos de algo que Deus me disse um dia: "aquilo que fazes às vezes, não determina quem tu és".  Os teus erros excepcionais não mudam a obra que Deus começou em ti. Ainda que falhes, nunca mais serás a pessoa que foste. Levem este ensino convosco e não deixem que o inimigo vos diga o contrário, combinado?

Mas continuando, ali estava eu, a recordar a transformação que Deus operou em mim e dizia eu "Pai tu amaste-me, curaste-me, libertaste-me, deste-me uma nova identidade, uma nova  história, realmente transformaste-me, eu sou uma nova mulher, mas com certeza tens mais para fazer. Mostra-me o que ainda precisas de transformar, o que eu ainda preciso de mudar." e de repente uma clareza sobrenatural tomou conta do meu coração e da minha mente. De repente ficou tão claro para mim que o que me falta é foco e visão. A visão de águia de que tanto falamos. Preciso de me focar no que o Pai se foca e alinhar a minha visão com a Dele. 

Sim eu fui salva, curada, transformada, treinada, testada, agora é hora de colocar em prática o que aprendi e passá-lo a outros. É preciso "ir e fazer discípulos" (Mateus 28:19). Visão de multiplicação, é disso que eu preciso. Mais. É disso que todos nós precisamos. 

Veio ao meu coração de uma forma tão forte a história de Ester. Gosto particularmente desta mulher, desta história... talvez porque esta podia muito bem ser a minha ou a tua.

Wednesday, August 19, 2015

ENCONTRANDO A DRACMA PERDIDA


Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la? E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido. Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende. Lucas 15:8-10

As palavras "dracma perdida" andam a martelar na minha cabeça há uns dias e andava a dizer a mim mesma "tenho de ir ler esta passagem", mas só hoje tive a oportunidade de parar para ler e meditar nela e confesso que fiquei na dúvida sobre que ângulo abordá-la aqui no blog. 

Se lermos à letra, esta parábola fala sobre a importância dos perdidos para Deus e da alegria que há nos céus quando um deles é resgatado. Na sua essência, esta história que Jesus nos conta, a par das parábolas da "ovelha perdido" e do "filho perdido" relembram-nos o ensino do próprio Mestre, que nos ensinou que "o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10).

Este tema é de suma importância, especialmente quando nos vemos a braços com os vários afazeres da vida e compreendemos a necessidade de estabelecer prioridades. Nesse momento é crucial que possamos entender qual era a prioridade do Mestre, de Jesus: os perdidos. E sobre esse aspecto falarei, quem sabe, no próximo texto. Hoje, no entanto, gostaria de vos falar de um outro aspecto que posso ler nas entrelinhas desta parábola. 

Um dia eu fui uma dracma perdida (no verdadeiro sentido em que falei acima), mas o Senhor resgatou-me para Ele e de certo houve festa nos Céus quando eu me rendi a Ele. E a história poderia ficar por aqui. Uma vez salva, para sempre salva. Será que é assim? Não creio e não é isso que as Escrituras nos ensinam. Deixar Deus ser Senhor da minha vida hoje é fantástico, mas e o resto dos meus dias? Será que se eu mudar de ideias amanhã e Jesus voltar entretanto, eu vou viver com Ele na Eternidade? Não. Não nos iludamos, se assim fosse a Bíblia não estaria cheia de advertências como as que transcrevo abaixo:

Por isso vigiai, porquanto não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Mateus 24:41
Sede sensatos e vigilantes. O Diabo, vosso inimigo, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem devorar. I Pedro 5:8


Vigiai, permanecei firmes na fé, portai-vos corajosamente, sede fortes! I Coríntios 16:13



(...) mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo. Marcos 13:13

"(...) aquele que permanecer até ao fim, esse será salvo". Então, isso quer dizer que "aquele que não permanecer, não será salvo, certo? "Vigiai", "o inimigo procura a quem devorar". Não há duvidas aqui. Precisamos de cuidar da nossa Salvação, de vigiar, porque temos sido avisados que o inimigo irá tentar roubá-la. 

E o que é isto tudo tem a ver com a tal outra óptica desta parábola a que eu me referi anteriormente, perguntam vocês. Vamos lá então... 

Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la? Lucas 15:8

Só por curiosidade, a dracma era uma moeda grega, a mais antiga do mundo em circulação, até ser substituída pelo euro em 2001 e, de acordo com a minha pesquisa, naquele tempo teria sensivelmente o mesmo valor de um denário. Para entendermos melhor, um denário equivalia ao valor que um trabalhador braçal recebia por um dia de trabalho, o que explica o porquê da mulher fazer de tudo para a encontrar.  

Vamos imaginar que estas dez dracmas são uma metáfora e que equivalem à nossa Salvação. Se perdêssemos uma só delas, será que ela ficaria intacta? Um puzzle é composto por um conjunto de peças que se unem de forma perfeita. Quando as colocamos no lugar certo e as unimos, temos um puzzle completo e, com ele, uma imagem inteira. Pergunto eu, o que lhe aconteceria se uma peça se perdesse? O puzzle continuaria a ser um puzzle? Talvez, mas seria um puzzle incompleto e o propósito para o qual ele fora criado deixa de fazer sentido, porque nunca poderá ser terminado.

Monday, August 17, 2015

REFÚGIO


Ó minha Fortaleza, em ti espero! Tu, ó Deus, és o meu supremo refúgio. Salmos 59:9

Ao longo da minha caminhada tenho aprendido e crescido (graças a Ele) e tenho tido oportunidade de, em vários momentos, (re)conhecer algumas das características de Deus. Pude (e posso) viver e experimentar o Deus que é Pai, que é amigo, conselheiro, professor... pude conhecer o Deus fiel, o Deus que abraça e ama, o Deus provedor, o Deus que protege, o Deus que cura e liberta, o Deus que surpreende, enfim... mas há algo que tem vindo ao meu coração ultimamente e que, eu creio, é fundamental para vivermos um cristianismo real e profundo: conhecer Deus enquanto "Refúgio".

Confesso que me tem sido difícil encontrar o caminho desta mensagem e por isso ela já teve vários "rascunhos". Escrevo, apago. Escrevo, apago. E pergunto-me porque é que será tão difícil escrever sobre algo tão simples. Talvez seja tão simples que não precisasse que alguém o descreva?... Não sei, mas certo é que a Bíblia utiliza esta expressão muitas vezes (muitas mesmas, confirmem na vossa concordância), por isso certamente é importante dizê-lo, escrevê-lo, enfim, falar sobre o tema e relembrá-lo.

Talvez Deus saiba que há alguém por aí que precisa de ser relembrado de que Ele é um refúgio presente na aflição. Talvez tu que me estás a ler hoje precises de um refúgio e o estejas a procurar no lugar errado... não sei o motivo de escrever sobre isto, mas uma coisa eu sei, "falar" daquilo que Deus é, nunca é perda de tempo. E a Sua Palavra nunca volta vazia, portanto, que esta Verdade imutável e incontornável te encha da Paz que excede todo o entendimento, te console e te dirija, em todos os teus caminhos.

Comecemos pelo princípio (ish, já escreveste tanto e ainda só vais no princípio...medo!).  O dicionário descreve a palavra refúgio como um "lugar considerado seguro para nele algo ou alguém se refugiar" e, no sentido figurado, como uma "pessoa, coisa ou ideia que protege ou ampara".

Não se iludam, essa história do "eu não preciso de ninguém" só existe na ficção, porque na vida real isso é uma grande treta! Todos nós precisamos de um refúgio, de alguém/algo para o qual correr em algum momento das nossas vidas. Os oprimidos, pessoas atormentadas por algo. Os fugitivos (e não me refiro apenas aos que cometeram um crime, mas também aos que fogem de algumas emoções ou de algumas situações com as quais não se querem confrontar); os depressivos; os que se sentem culpados; os desesperados; os angustiados; os tristes; os perdidos (= sem direcção); os perseguidos; os cansados; os que sofrem; os que procuram uma vida diferente... Todos, sem excepção. 

Friday, August 7, 2015

BEM-VINDO BENJAMIM!


Ter um blog não teria piada se não servisse para partilharmos as coisas que nos deixam felizes, verdade? E hoje eu estou feliz feliz porque nasceu o meu sobrinho emprestado Benjamim! :) 
Sempre me lamentei por não ter irmãos e por nunca poder ter a alegria de ouvir alguém chamar-me tia. Felizmente Deus mudou a minha história e deu-me um marido com um irmão e dois sobrinhos! Cada vez que me chamam tia os meus olhos brilham, confesso. E, como se não bastasse, acrescentou à festa uns conjunto de amigos incríveis, com filhos, imagine-se! E esses filhos chamam-me como?? Tiaaaaaa! :) Haja alegria ao ouvir esta palavrinha deliciosa, caramba! Que Pai querido este que nos dá tanto mais do que pedimos ou pensamos... 

E este textinho hoje é em honra do meu pequeno príncipe Benjamim, e dos meus queridos amigos F. e A., que foram presenteados com o cumprimento de mais uma promessa! Deus não falha, acreditem! E se eu fico feliz quando Deus cumpre as promessas que me faz a mim, acreditem que me alegro igualmente quando O vejo fazer coisas fantásticas na vida de amigos que me são tão queridos. Crer é poder e esperar em Deus é garantia de realização e gratidão profunda por tudo o que Ele opera em nós. 

Conheci a minha amiga F. há uns anos, ainda não era eu casada (nem ela) e ainda ela não sonhava que teria o baby B. Aprendemos a amar-nos e a respeitar-nos e não me esqueço do que ela fez por mim, mesmo sem nunca pedir nada em troca. Sigam o meu conselho, esqueçam quem vos faz mal, mas sejam eternamente gratos por e àqueles que ficam ao vosso lado, no matter what. São os pequenos gestos que nos mostram quem vale a pena manter por perto. 

Rimos juntas em bons momentos, mas choramos também muitas vezes em momentos difíceis. Orámos por madrugadas adentro e adormecemos no sofá tantas vezes rodeadas de bolos e chás... Apoiámo-nos quando as tempestades nos tentaram afogar e demos na cabeça uma da outra quando era preciso. Projetámos juntas, sonhámos juntas, sempre fortalecendo a fé uma da outra, incentivando a coragem e a ousadia e brindando às conquistas que Deus nos ia dando... E quantas conquistas fomos alcançando assim, pela fé, pelo amor e esperando num Deus que nunca falha! Assim se forjam amizades. assim se ligam corações, assim se unem vidas e propósitos. É assim que Deus trabalha! Através de relacionamentos, de vidas, do amor! 

Há quase um ano a querida F. casou com o A.  e eu pude ser testemunha, madrinha de uma união que, eu sei, foi realizada nos Céus! E como eu me alegrei imensamente por ver Deus agir na vida deles... O meu coração sorri cada vez que vê Deus mostrar a sua fidelidade e quando vê que as orações que faz são ouvidas... Caneco, este Deus é incrível (desculpem o caneco)! Pouco depois recebi a honra de me tornar madrinha da filha mais velha, a minha querida V. E é uma honra porque foi ela mesmo quem nos escolheu. O meu coração encheu-se, ainda mais. É um privilégio poder ter-te ao lado princesa V e, apesar de não te ter visto nascer, ver-te amadurecer e tornares-te uma mulher de Deus (e poder contribuir para isso) será um presente ainda maior!