Hoje celebra-se o Dia do Pai em Portugal e, sabendo eu o que sei sobre Deus Pai, não podia deixar de escrever umas linhas sobre o tema.
Os meus pais divorciaram-se era eu ainda um bebé, por isso não cresci numa família típica, por assim dizer. A minha mãe esteve sempre presente, mas o meu pai não, por isso nunca chamei pai a ninguém. Disse-o talvez uma ou duas vezes que me lembre mas a palavra "pai" claramente não fazia parte do meu vocabulário corrente. O meu avô, que enviuvou tinha eu apenas quatro anos, foi o mais parecido que tive com essa figura. Além da minha mãe, foi com ele que cresci. Vivemos lá em casa com ele durante alguns anos, inclusive. Dormi lá muitas vezes, passava lá as tardes depois da escola, brincávamos, fazíamos os trabalhos de casa, almoçávamos e jantávamos muitas vezes juntos, íamos de férias só os dois... Era ele que recebia as prendas que eu fazia na escola todos os anos no Dia do Pai e era a ele que a minha mãe recorria quando se zangava comigo. Foi um pai-avô. Um bocadinho dos dois. Era, ao mesmo tempo, a figura do mimo e a figura da correcção. Não fui a menina do papá, mas fui neta única de um avô viúvo durante 13 anos. Fui, por isso, a menina do avô.
Talvez por tudo isto, e apesar de ter crescido sem o típico pai que seria suposto todos termos, sempre fui bastante resolvida quanto a esse tema. Se gostava de ter tido alguém a quem pudesse chamar de pai e que o pudesse ter sido efetivamente pai, no real sentido do termo? Claro que sim. Se me fez falta? Talvez. Mas o que tive foi muito mais do que muitos tiveram e sou grata por isso.
E isto tudo para dizer que eu teria alguns motivos para ter dificuldade em ver Deus como Pai. Sei de muitas pessoas em situações semelhantes à minha que tiveram. Não foi o meu caso. Pelo contrário. Finalmente pude chamar pai a alguém. Recebi Deus Pai de tal forma na minha vida que sempre que oro é assim que me dirijo a ele. "Pai...". E como esta palavra me enche o coração... Que sorte a minha que este meu Pai é perfeito, infalível e absolutamente incrível, verdade? É que os pais humanos não são. Esses falham, como todos nós aliás. Mas Deus não. Ele nunca erra. Ele nunca se engana. Ele nunca faz ou diz aquilo que não deve. Ele nunca nos magoa. Ele é perfeito!
(...) estávamos debaixo de um sistema que nos escravizava aos princípios básicos deste mundo. Todavia, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido também debaixo da autoridade da Lei,para resgatar os que estavam subjugados pela Lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. Gálatas 4:3-5
Portanto, tu não és mais escravo, mas filho; e sendo filho, és igualmente pleno herdeiro por decreto de Deus. Gálatas 4:3-5,7
Neste Dia do Pai não posso deixar de dizer quão Pai é este Deus. Ele que enviou o Seu Filho, Jesus, para resgatar a cada um de nós, a ti e a mim, e que, através do seu sacrifício, nos adoptou como filhos. Por isto [e crendo], hoje já não somos escravos do mundo e do mal que o habita, mas somos Filhos de Deus. Não é maravilhoso?
A ti que não tiveste um pai, seja por que motivo for, quero dizer-te hoje que tu tens um Pai celestial. Um Pai perfeito. Um Pai que te ama profundamente, de forma sobrenatural e inalcançável porque tu és o Seu filhinho querido. Um Pai que jamais te abandonará. Um Pai que sonhou contigo e que pensa em ti com um carinho imenso. Um Pai que se preocupa. Um Pai que te protege. Um Pai que te pega ao colo e te embala. E que te abraça. Que seca as tuas lágrimas e que sorri quando te vê sorrir. Um Pai que faz de tudo, absolutamente tudo, para que tenhas uma vida plena... de amor, de paz, de justiça, de alegria. Um Pai que te presenteia com bênçãos inimagináveis. Um Pai que te vê como ninguém mais consegue. Um Pai que olha para o teu coração e se orgulha da pessoa maravilhosa em que te tornaste.
E, porque sois filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho para habitar em vossos corações, e ele clama: “Abba, Pai!”. Gálatas 4:6
Pois vós não recebestes um espírito que vos escravize para andardes, uma vez mais, atemorizados, mas recebestes o Espírito que os adota como filhos, por intermédio do qual podemos clamar: “Abba, Pai!” Romanos 8:15
"Abba Pai" é uma expressão que vem do aramaico e que denota intimidade. Significa "meu pai" ou "paizinho" e é precisamente a expressão que ouvimos Jesus utilizar quando orava ao Pai, momentos antes de ser traído: E rogava: “Abba, Pai, todas as coisas são possíveis para ti, afasta de mim este cálice; todavia, não seja o que Eu desejo, mas sim o que Tu queres”. (Marcos 14:36)
E é essa mesma expressão que Paulo nos diz que hoje podemos também utilizar através do Espírito Santo que habita em nós. "Abba Pai", "Paizinho", "Meu Pai".
Um Pai presente. É isso que Deus é.
Um Pai em quem confiamos e que conhecemos profundamente. É isto que Deus quer ser para nós.
Ele pode todas as coisas e só deseja ouvir o momento em que tu vais ser capaz de confiar Nele o suficiente para dizeres como Jesus: não seja o que Eu desejo, mas sim o que Tu queres.
És capaz de o fazer?
És capaz de abrir mão do controlo e deixá-lo ser não só Deus na tua vida, mas o Pai que sabe o que é o melhor para ti?
És tu capaz de abrir mão da tua vontade? Do teu sonho? Do teu tempo? E de dizer "Pai, faz o que tu queres"?
É tão difícil fazer isto. Eu sei que é porque fi-lo um dia. Um dia eu disse a Deus o mesmo que Jesus. Um dia eu disse "Pai, eu sei que tu podes, mas não seja feita a minha vontade, mas a tua."... E doeu. Ainda está a doer. Porque a vontade Dele não é a minha. A vontade Dele não é a tua...
Também doeu a Jesus. Ele tomou aquela Cruz por mim e por ti e hoje esse é o mínimo que tu e eu podemos fazer. Abraçar a vontade do nosso Pai - que é "boa, perfeita e agradável" - exige sacrificar a nossa. Mas ao fazê-lo, ao seguirmos para a Cruz, sabemos de uma coisa: Ele pode! Oh se Ele pode! Ele pode todas as coisas e Ele vai fazer tudo o que prometeu.
No dia seguinte, isto é, o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus perante Pilatos, e disseram: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, quando ainda vivo, afirmou: Depois de três dias ressurgirei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia; para não suceder que, vindo os discípulos, o furtem e digam ao povo: Ressurgiu dos mortos (...)
Foram, pois, e tornaram seguro o sepulcro, selando a pedra, e deixando ali a guarda. Mateus 27:62-64,66
São só três dias. Três dias e o que estava morto ganhará vida. Três dias e o que parecia perdido, vai ser achado. Três dias e o que todos achavam ser uma coisa, provará ser outra. Três dias e a chave que está na mão do Inferno será tomada. Três dias e o pranto se transformará em canto. Três dias e o Pai te assentará no trono.
Todos podem tentar impedir aquilo que o Pai determinou, mas Ele prometeu e acaso é homem para que minta? Não há pedras seladas que impeçam a mão do Todo-Poderoso de agir a teu favor.
No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houvera um grande terremoto; pois um anjo do Senhor descera do céu e, chegando-se, removera a pedra e estava sentado sobre ela. Mateus 28:1
Deixa falar quem fale. Quando chegar a hora, o Pai fará um terramoto na tua vida e as águas agitar-se-ão de tal forma que nada será mais igual! As portas que estão fechadas abrir-se-ão! E quanto ao sepulcro? O teu Pai dará ordens aos anjos para remover a pedra e todos verão que tu és Filho do Rei!
Não era nada disto que estava a planear escrever aqui hoje. Mas o Pai é quem sabe...
Feliz Dia do Pai, filhinhos amados!
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