Um destes dias durante uma conversa, uma amiga disse algo que me fez pensar. É um versículo que conheço bem, mas não sei explicar, quando ela disse aquelas palavras, parece que elas se transformaram e ganharam vida. "Prefiro obedecer do que sacrificar", disse ela. E isto ficou a ecoar na minha mente.
Obedecer é uma acção que tem o poder de mudar uma vida, o poder de mudar circunstâncias, o poder de transformar (o fim de) uma história.
Quando somos crianças ensinam-nos (ou pelo menos deviam) que temos de ser obedientes aos nossos pais, aos professores, e às figuras de autoridade em geral. E facto é que se, num restaurante, na rua, ou no hipermercado, o nosso pai nos diz "fulano, pára de correr" ou "já chega, não quero mais birras" e nós fazemos o que o pai pede, somos considerados bem educados, porque obedecemos.
A sociedade ensina-nos que obedecer é bom, porque o contrário implica, regra geral, uma consequência mais ou menos negativa. Se chegamos mais tarde a casa do que aquilo que nos foi permitido, ficamos de castigo uma semana sem telemóvel. Se dizemos uma qualquer barbaridade aos nossos pais, que eles consideram uma falta de respeito, resta-nos pedir desculpa e esperar que nos deixem novamente ir às festas e aos jantares que tanto gostamos de frequentar. Ou se uma criança faz uma qualquer birra daquelas, leva uma palmada.
Enfim, as consequências começam (ou deviam começar pelo menos) em tenra idade, porque pretendem preparar-nos para a vida e, na vida, tudo o que semeamos, colhemos. Por isso o sábio nos diz lá em Provérbios 22:6: Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.
A obediência é um princípio fundamental, porque a desobediência geralmente leva-nos por caminhos tortuosos, de sacrifício e, não raramente, de morte.